quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Como investir seu dinheiro?

O restante do salário, a economia do mês todo esse dinheiro pode ser investido e render uma quantia a mais. Afinal, guardar o dinheiro debaixo do colchão não é nada seguro.


Então antes de sair por ai aplicando seu dinheiro em qualquer lugar é melhor saber quais os tipos de investimentos e seus riscos. Vejamos alguns investimentos:


Ações

O que são ações na Bolsa de Valores?
Uma ação é a menor parte do capital de uma empresa, é um pequeno pedaço dela. Uma pessoa que compra uma ação passa a ser uma pequena sócia da empresa.

Tipos de ação
Ordinária Nominativa (ON) - dá direito a voto em assembleia sobre definições da empresa.
Preferencial Nominativa (PN) - não dá direito a voto, mas preferência no recebimento de dividendos.
As empresas dividem seus lucros com os acionistas. Algumas fazem isso mensalmente, outras trimestralmente.
Nesses casos, as preferenciais nominativas recebem valores maiores. Além disso, as PNs são vendidas e compradas com maior facilidade.
Porém, algumas empresas só disponibilizam ações ordinárias nominativas.

Como investir em ações?
As ações são negociadas nas Bolsas de Valores. No Brasil, a compra e venda de ações acontece na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Essas negociações são feitas por meio das corretoras habilitas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A lista das corretoras credenciadas pode ser encontrada nos sites da CVM e da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), no item Corretoras.
Para começar a comprar e vender ações, é necessário fazer um cadastro na corretora (informando nome, profissão, endereço e entregando cópias de RG, CPF e comprovante de residência).
Assim, a corretora abre uma conta desse investidor na Bovespa. Cada instituição determina qual a quantia mínima para a abertura da conta.

As ações podem ser compradas de três maneiras:
1) Fundos de Investimento: um fundo funciona como um condomínio. Cada um dos seus investidores possui uma cota, que corresponde a uma porção do total de ações que o fundo tem.
Cada fundo tem seu próprio estatuto, que informa suas regras e o grau de risco de seus investimentos.
Todo fundo precisa ter um gestor certificado pela CVM, que coordena as compras e vendas de ações.
Assim, quando uma pessoa adere a um fundo, deve estar de acordo com sua política de investimento, especificada em seu estatuto.
2) Clubes de Investimento: os clubes têm um caráter menos formal que um fundo.
Um grupo de amigos ou familiares pode formar um clube, que pode ser aberto com no mínimo três pessoas e chegar até um limite de 150.
Diferentemente dos fundos, não precisam de um gestor certificado pela CVM, mas um representante que dê à corretora a ordem de compra ou venda de ações.
Nesse caso, há maior liberdade por parte das pessoas que compõem o clube sobre quanto e onde será investido.
3) Individualmente: nessa situação, a pessoa controla as ordens de compra e venda de suas ações.
Para escolher quais ações comprar, pode contar com os consultores da corretora, que irão tirar dúvidas e ajudar a identificar quais são os bons investimentos para aquele momento.
O investidor pode acompanhar sua conta, ter acesso aos custos de operação e comprar e vender ações pela Internet (com exceção dos fundos, onde quem compra e vende é o gestor).
O nome desse serviço é Home Broker e pode ser acessado pelo site de uma corretora que oferece este sistema. A lista dessas corretoras pode ser encontrada no site da Bovespa.
As ordens de compra e venda também podem ser dadas pelo investidor por telefone. Ou seja, o investidor liga para sua corretora e informa o que deseja fazer.
Sempre que se compram ou vendem ações, há um período de três dias úteis para que o dinheiro saia ou entre na conta que o investidor possui.
No caso dos fundos ou clubes, cada um tem um regulamento próprio que indica em quanto tempo o dinheiro poderá ser retirado após uma ordem ser efetuada.


Qual o valor mínimo para investir em ações?
Não há valores mínimos para se investir em ações, eles variam de acordo com a corretora e o preço das ações que serão compradas. Para quem investe valores pequenos, como R$ 1.000, optar por um fundo ou clube pode ser uma maneira de aumentar o total investido.
Porém, quando a quantidade de ações compradas por meio de um fundo for a mesma que a pessoa pode comprar investindo sozinha, torna-se vantajoso comprar diretamente. A vantagem de investir individualmente é que neste caso não se paga a taxa de administração.

Riscos
A compra de ações é considerada um investimento de alto risco. Por causa das variações nos preços das ações, não há garantia de retorno do que foi investido.
Essas altas e baixas podem acontecer, por exemplo, devido a alterações no setor de atuação da empresa. Esse é o chamado risco de mercado.
O que também pode acontecer é o risco de liquidez. O problema aí é não conseguir vender uma ação que tenha sido comprada. Por isso, o ideal é não investir em ações valores que sejam necessários em curto prazo.

Fundos de investimento

O que é um fundo de investimento?
Um fundo de investimentos pode ser comparado a um condomínio. Cada um dos investidores é um "morador" desse prédio e dono de uma cota ("apartamento").

Os cotistas (os "moradores") compram uma quantidade de cotas ao aplicar e pagam uma taxa de administração a um terceiro (o administrador) para coordenar as tarefas do fundo e gerenciar seus recursos no mercado.

Como investir em fundos
O primeiro passo é escolher o fundo que mais atenda aos seus objetivos. Depois disso, para fazer a primeira aplicação, você deve procurar informações de quais os procedimentos que a instituição financeira escolhida determina para iniciar suas aplicações.

Na maioria dos casos, as empresas solicitarão o preenchimento de um cadastro, cópia dos documentos pessoais e, talvez, a abertura de uma conta corrente.

Há vários canais de atendimento para auxiliar os investidores: agências, centrais telefônicas, Internet e
consulta pessoal.
Riscos
São três os tipos de risco. Eles não existem isoladamente. Estão interligados e um pode ser conseqüência do outro. Por isso, é muito importante a escolha da instituição que administrará seu patrimônio.


  • Risco de crédito: é o risco decorrente da possibilidade de a contraparte não cumprir suas obrigações, parcial ou integralmente, diante da data combinada.
    Consiste não somente em risco de a instituição ficar totalmente inadimplente com suas obrigações, mas também em apenas poder pagar uma parte de seus compromissos, após a data combinada.
    Neste tipo de risco, o emissor de títulos pode não honrar o principal ou o pagamento de juros. Um investidor aceita um investimento com alto risco de crédito pela compensação de ter uma rentabilidade maior.
    Importante: quando você compra cotas de um fundo de investimento não está aderindo ao risco de crédito da instituição que administra o fundo. O risco está na carteira, não em quem administra.
    Se a instituição na qual você tem investimentos quebrar, você só vai perder a parcela do patrimônio investida em ativos desta instituição financeira. Vale reforçar que um fundo não pode ter mais que 20% do seu patrimônio investido em papéis da mesma instituição financeira que o administra. Se não houver papéis daquela instituição na carteira, o banco quebra e seu dinheiro continua protegido no fundo.




  • Risco de liquidez: esse risco é decorrente da dificuldade em se conseguir encontrar compradores potenciais de um determinado ativo no momento e no preço desejado. Ocorre quando um ativo está com baixo volume de negócios e apresenta grandes diferenças entre o preço que o comprador está disposto a pagar (oferta de compra) e aquele pelo qual o vendedor gostaria de vender (oferta de venda).
    Quando é necessário vender algum ativo num mercado ilíquido, tende a ser difícil conseguir realizar a venda sem sacrificar o preço do ativo transacionado.




  • Risco de mercado: este tipo de risco é associado à possibilidade de desvalorização ou de valorização de um ativo (título público ou ação, por exemplo), devido às alterações políticas, econômicas ou em decorrência da situação individual da empresa ou banco que emitiu o ativo.
    É a possibilidade de ocorrer mudanças no valor do seu investimento associadas à notícia ou acontecimento que diz respeito direta ou indiretamente à aplicação que você escolheu. Um exemplo clássico é a Bolsa de Valores, que tem altas ou baixas em conseqüência de movimentos favoráveis ou desfavoráveis do mercado.



  • CDB e RDB
    O que é CDB e RDB?
    Por meio do Certificado de Depósito Bancário (CDB) e do Recibo de Depósito Bancário (RDB), as pessoas emprestam dinheiro aos bancos, emissores destes títulos, e recebem, depois de um período determinado no momento da negociação, o dinheiro corrigido com juros.

    Para iniciar o investimento, é necessário procurar um gerente para abrir uma conta investimento no banco. É preciso apresentar RG, CPF e comprovante de residência. Os valores mínimos que devem ser investidos variam de acordo com a instituição financeira.

    Riscos
    Os CDBs e os RDBs são um investimento de baixo risco. No caso de serem pós-fixados, há o risco de o banco quebrar e não pagar o investidor.

    Como estão indexados à variação de algum índice, os pós se beneficiam em um período de alta de juros. O contrário acontece se as taxas caem.

    Nos pré-fixados, também há o risco de crédito, mas ao contrário dos pós, se as taxas de juros sobem, pode-se perder dinheiro.

    Por outro lado, se as taxas caem, a pessoa pode ser beneficiada, pois teve a rentabilidade assegurada no início do investimento.

    Se um investimento pré-fixado render 15% e as taxas estiverem a 20%, vale mais a pena resgatar o dinheiro e investir novamente a essa taxa.

    Nos CDBs pré-fixados, só há garantia de rentabilidade quando o investidor resgata seu dinheiro na data de vencimento do título. Antes disso, o dinheiro pode ser resgatado, mas o rendimento dependerá de como está o mercado naquele momento.

    No caso de falência do banco, o Fundo Garantidor de Crédito garante ao investidor o valor de até R$ 60 mil.

    Ou seja, alguém que tenha investido R$ 50 mil irá recuperar tudo. Porém, se a pessoa tiver colocado R$ 80 mil em CDBs e RDBs, perderá R$ 20 mil.

    Taxas
    Não há cobrança de taxas ao longo do investimento. 

    Títulos Públicos
    O que são títulos públicos?
    Os títulos públicos são emitidos pelo governo federal, que tem como objetivo juntar dinheiro para pagar e financiar suas atividades, como educação, saúde e infra-estrutura.

    Assim, quando uma pessoa compra um título público, está emprestando dinheiro ao governo. O órgão responsável pela emissão dos títulos é a Secretaria do Tesouro Nacional.

    Como investir
    As pessoas podem comprar títulos de duas maneiras. A primeira delas é participando de um fundo que invista neles. Nesse caso, a compra dos títulos é realizada por um administrador profissional.

    A segunda forma é comprar diretamente na Secretaria do Tesouro, pela Internet, por meio de um serviço chamado de Tesouro Direto.
    Para realizar essa compra direta, a pessoa precisa morar no Brasil, ter CPF (Cadastro de Pessoa Física) e estar cadastrada em um banco ou corretora autorizada pela Secretaria do Tesouro Nacional.

    O cadastro em um banco ou corretora também é necessário para quem investe por meio de um fundo.

    Nele, deve ser informado nome, profissão, endereço e entregues cópias do RG, CPF e comprovante de residência do investidor.

    Assim, a corretora abre uma conta desse investidor na Bovespa. Cada instituição determina qual a quantia mínima para a abertura da conta.

    A lista destas entidades é encontrada no próprio site da Secretaria do Tesouro.

    Para quem opta pela compra direta, depois de feita a inscrição em um destes bancos ou corretoras, o investidor recebe uma senha para ter acesso à operação pela Internet.

    A negociação é feita no site do Tesouro Nacional.

    Os títulos públicos podem ser pré-fixados (nesse caso, o rendimento é definido no momento em que é feito o investimento) ou pós-fixados (isso significa que a rentabilidade está associada a algum índice, como o IGP, por exemplo).

    Quando comprados, os títulos têm um prazo de vencimento, que significa o dia em que o governo pagará ao investidor o dinheiro que ele investiu.

    O investidor também pode negociar os títulos antes dessa data, mas receberá o valor de mercado do título naquele momento, que pode ser maior ou menor que o estipulado para o vencimento.

    No caso dos títulos, o dinheiro é depositado ou retirado na conta do investidor no dia seguinte ao da ordem de venda ou compra.

    Qual o grau de risco desse investimento?
    Os títulos são investimentos de baixo risco, pois o governo é o credor. Mas, se o investidor vender seus títulos antes da data de vencimento, o ganho ou a perda estará sujeito ao valor de mercado do título naquele momento.

    A decisão entre comprar um título público pós ou pré-fixado varia de acordo com o período e o tempo em que o investidor precisará resgatar o dinheiro.

    Como são indexados a algum índice, os títulos pós-fixados se favorecem em um momento de alta dos juros. Já os pré-fixados podem garantir o rendimento em um momento de queda de juros.


    Taxas
    As operações com títulos públicos estão sujeitas ao pagamento de taxas. Verifique isso antes de escolher sua aplicação:


  • Taxa de corretagem - paga por cada operação de compra e venda de títulos públicos.




  • Taxa de custódia - paga à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). É calculada anualmente e cobrada sobre o total operado (compra ou venda) proporcionalmente ao período do investimento. Por exemplo, se o investidor ficou com o título por oito meses, pagará um valor calculado em relação a esse período.




  • Taxa de administração - nos fundos, ainda há as taxas de administração (calculada anualmente em relação ao valor aplicado no fundo e cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor manteve operações. Se o investidor retirar o dinheiro em seis meses, pagará uma taxa proporcional ao período).




  • Taxa de performance - Essa taxa pode ser cobrada quando o fundo supera a rentabilidade esperada.



  • Qual o valor mínimo para investir?
    R$ 200, 00

    Poupança

    Como funciona a poupança
    Uma poupança pode ser aberta por qualquer pessoa em uma agência bancária, por meio de um gerente.

    Os documentos necessários são RG, CPF e comprovante de residência. O dinheiro aplicado pode ser retirado em qualquer momento.

    A quantidade mínima necessária para iniciar o investimento varia de acordo com os bancos.

    Rendimento
    O rendimento da poupança é mensal, sendo atualizado sempre na data de abertura (aniversário).

    A valorização em relação ao total aplicado é sempre de 0,5% ao mês, mais TR (Taxa Referencial, calculada e divulgada diariamente pelo Banco Central).

    Riscos
    A poupança é um investimento de baixo risco. O principal problema aí está associado à eventual falência do banco onde está aplicado o dinheiro.

    Nesse caso, o Fundo Garantidor de Crédito garante ao investidor o valor de até R$ 60 mil. Ou seja, alguém que tenha R$ 50 mil irá recuperar tudo. Porém, se a pessoa tiver R$ 80 mil, nesta situação, perderá R$ 20 mil.

    A única exceção é a Caixa Econômica Federal (CEF). O banco garante 100% de devolução do valor aplicado na poupança em caso de falência.

    Taxas
    O dinheiro pode ser aplicado ou retirado da poupança a qualquer momento, sem custos, desde que não ultrapasse o limite de dois saques mensais.

    A partir do terceiro saque, os bancos já podem tarifar.

    A regra também é válida para a realização de transferência de dinheiro da conta poupança para uma outra conta de mesma titularidade.

    Fonte: Uol

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